Jovial , como um dia acabado de nascer..
Algures uma melodia matinal,
acordes de um cântico interior
caminhando leve, transportado pelos ares
numa cadência languida de um sorriso gasto.....
Quando a encosta da alma se escarpa
e a vegetação do sentir escaseia.
o rochedo ergue-se nu...
quão vulnerável às intemperies do tempo
quão fràgil ao rendilhado das lagrimas...
Solitário é o caminho....
A curiosidade debate-se ferozmente
no cansaço assumido ao olhar numa imensa lassidão
com a didignidade e solenidade de um poema
que se escuta por entre as fibras da suadade.
O dia fragmentado de incerteazas...
abreviado artificialmente nas gotas de orvalho
deslizando por entre os dedos crispados de dor
manten-se erecto , nu como se continuasse
eternamente a contemplar a solidão...
(de mim)
em silencio...