Resta-me....






Resta.me o perfume de um nome,
e um não sei quê de um olhar
que me resplandece a mente.

Resta-me a memória de uma caricia,
um madrugar singelo de pele contra pele
que a noite escorrida no tempo amornou.

Resta-me  a saudade  de uma mão,
um toque quase nostálgico de presença
que me avive as horas translucidas do dia.

Resta-me um quase nada do tudo....
Resta.me teimosamente escrever
palavras que lutam e não sejam silêncio.

....





2 comentários:

  1. ...um poema que nos faz sentar na lareira, junto ao fogo.
    E aquecidos, vemos que "resta" o que sempre existiu: uma enorme capacidade de Ternura...
    Ou a sua busca!...

    Beijinho
    António Manuel

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  2. Sabe..devia saber..que não é só isso que lhe resta! Resta-lhe também uma enorme força de viver e talvez, um dia, amar novamente..

    A

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