CHOVE DESDE A MADRUGADA ...


 Chove desde a  madrugada
 um tempo angustiado.
 No peito,
 o peso das palavras abandonadas
 escorrem salgadas    
.
Molho de chuva  as gotas deste pensar
Lume acesso que queima
a  bruma do olhar ausente,
 que de  longe  vigia e espreita
a  espera que  amadurece
a razão sem razão dos sentidos.

 Alma  que  anda sem andar,
Poisa-se no compasso da pausa,
 trilha  incerta os caminhos inseguros,
 e estremece de tão frágil..

Que em braços  de paixão se  levante,
 desta  terra molhada, onde se deita
Porque de incertezas se  faz
Este  caminhar na sombra descoberta.



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