Chove desde a madrugada
um tempo angustiado.
No peito,
escorrem salgadas
.
Molho de chuva as gotas deste pensar
Lume acesso que queima
a bruma do olhar ausente,
que de longe vigia e espreita
a espera que amadurece
a razão sem razão dos sentidos.
Alma que anda sem andar,
Poisa-se no compasso da pausa,
trilha incerta os caminhos inseguros,
e estremece de tão frágil..
Que em braços de paixão se levante,
desta terra molhada, onde se deita
Porque de incertezas se faz
Este caminhar na sombra descoberta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário