Lembranças


(...)


As coisas há muito foram vividas
Há no ar espaços extintos
A forma gravada em vazio
Das vozes e dos gestos que outrora aqui estavam.

E as minhas mãos não podem prender nada.


(Sophia de Mello Breyner)


Um comentário:

  1. "Se todo o ser ao vento abandonamos

    E sem medo nem dó nos destruímos,

    Se morremos em tudo o que sentimos

    E podemos cantar, é porque estamos

    Nus em sangue, embalando a própria dor

    Em frente às madrugadas do amor.

    Quando a manhã brilhar refloriremos

    E a alma possuirá esse esplendor

    Prometido nas formas que perdemos."

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    Passo no meio deste sol envergonhado e trago-te a manhã.
    Cumprimenta comigo a Sophia, porque as suas palavras voam

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