Aprendi



Aprendi a não esperar por ti.
Distraída de tudo,
caminhando pelas ruas,
um sonhar acordado  falando baixinho
sem ninguém ouvir.
Ninguém ouve.

Aprendi a não esperar por ti.
Sequiosas as memórias
que me fazem parar emudecida
no arrogante  e sombrio sorriso  
dos olhos que não vêm.
Ninguém vê.

Aprendi a não esperar por ti.
Desertas as pedras
negras da calçada íngreme do destino
desenho os versos que mente silencia 
e vozes choram...
Choramos todos.

Aprendi a não esperar por ti.
Foi o choro que mais doeu.



(de mim ....em silencio)










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