ENCONTREI -TE...
Encontrei-te ...
numa qualquer esquina que o tempo parou.
Vi o teu lento caminhar
sobre o asfalto quente da cidade trazendo nas
mãos o calor que me enleou a cintura
como o laço de cor vermelha que selava
a carta que ficara por escrever
Depositei no teu olhar
os olhos da ínquietude dos olhos meus,
demos as mão no tempo que jurámos ser para sempre
e sentados no mesmo banco da tarde
onde desfiz o laço da carta, escrevemos com timidez
as letras de cor vermelha com a cor das palavras.
Depois,
deixaste o lento caminhar que as palavras
acabaram por calar, e no final de um dia
que o tempo dobrou , o vento levou o quente
do asfalto que os meus olhos molharam
deixando o frio que me levou pela cintura.
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