Haviam gaivotas em terra
e o mar revolto cor de lama
quebrava-se embrutecido contra as pedras
beijando-me os pés lívidos da alma.
Chovia no vento,
chovia na areia da mente
e por entre gotas de um pensar ausente
despi-me das vestes molhadas de penas.
Mão e corpo nus
agarrei o indeciso bater de asas
da gaivota desesperada em terra
voamos ambas , eu e ela
bebendo o infinito mar e céu azul
lá, onde o nada é longe
e só o sol brilha.
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