Se tu soubesses....
Abracei-te no escuro da noite
sob as acácias floridas
Era quente o teu corpo, o teu pulsar
e supendi o respirar para te sentir
Caíram-me lágrimas da alma sorrindo
orvalhada de desejo tremido aprisionado,
aconcheguei-te o sentir, toquei-te sem nada,
procurei nos meus braços sentir-te em mim
Ah, se tu soubesses , ou tão só adivinhasses
que desfazendo o abraço louco que te dava
era só saudade exausta o que me deixavas.
Ah , se tu soubesses quanto pensar em ti chorei
quanto chamei por ti sem te encontrar
quanta ausência me deixaste no meu leito.
Desembaraçando-te do meu abraço,
olhaste em volta , para onde não sei,
mas sei que não foi por mim que chamaste,
quando indelével o beijo em teu rosto posei.
E vi-te partir envolto no escuro da noite
acenei-te de longe o gesto da despedida
sorriste nas lágrimas que me caíam
a noite encobria que eram por ti que rolavam.
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Se eu pudesse...
Se eu pudesse....
Ah.. se eu pudesse…
Abrir-me em dois e ser um só
dividir o mundo a meio e escolher um
poder dizer não e nunca mais.
Ah, se eu pudesse…
Voar mais longe ainda e não voltar
não explicar porquê ou porque não
seguir em frente e não olhar p´ra trás.
Se ao menos eu pudesse…chorar,
sem ninguém me perguntar
porque choro as lágrimas que verto
por te saber tão longe e não te ter,
não abraçava contra o peito o meu sofrer,
não ficava presa neste estar distante …
ia , por onde não sei, até em mim te ter.
---
Seja...
"Seja qual fôr o caminho que eu escolher um poeta já passou por ele antes de mim"
S. Freud
S. Freud
Não me sonhem,
nem me cantem
o que não sou.
Porque o que sou não mostro,
e o que mostro não sou eu.
nem me cantem
o que não sou.
Porque o que sou não mostro,
e o que mostro não sou eu.
Sou muito menos do que quero
E muito mais do que não quero.
O que quero, eu sei
O que não quero, também.
Só não sei se o que quero ,digo querer
ou se não digo o que não quero
E muito mais do que não quero.
O que quero, eu sei
O que não quero, também.
Só não sei se o que quero ,digo querer
ou se não digo o que não quero
E desta certeza incerta
que é a incerteza de tudo,
fico-me pela certa
na dúvida que me cerca
de ser só eu quem se confessa.
que é a incerteza de tudo,
fico-me pela certa
na dúvida que me cerca
de ser só eu quem se confessa.
Mas vou, porque só posso ir.
Se me dessem a escolher,
ficava aqui,
onde sei que o tempo pára
num tempo que me não mata.
Se me dessem a escolher,
ficava aqui,
onde sei que o tempo pára
num tempo que me não mata.
Se quisesse ir mais alem,
onde não sei mas imagino,
só sei que me prendiam
de tão loucas e verdadeiras
tantas ideias que tenho.
onde não sei mas imagino,
só sei que me prendiam
de tão loucas e verdadeiras
tantas ideias que tenho.
E para ser mais concisa
no que tenho para dizer,
vou inventando versos
poemas, estrofes e tanta prosa
com que disfarço o que sinto.
no que tenho para dizer,
vou inventando versos
poemas, estrofes e tanta prosa
com que disfarço o que sinto.
E agora , me desculpem,....
não digo mais...!!!
Calei-me !
Porque hoje falei demais.
Ou terá sido o contrário???
Seja…!
não digo mais...!!!
Calei-me !
Porque hoje falei demais.
Ou terá sido o contrário???
Seja…!
Lapis na Areia
“Lápis na areia”
Um a um ,foram caindo
das mãos do pintor,
...os lápis.
Cada cor um sentimento:
Amor, Ciúme, Amizade
Alegria, Inveja, Vaidade
Sucesso, Cólera, Orgulho
e por fim... toda a Loucura …
Na areia jaziam
cansados das tarefas,
...os lápis
Num infinito espanto
de criança curiosa,
a voz sumida….
- Que pintas?
O olhar parado no nada à sua frente,
lágrimas de encanto molhando o sorriso,
de pé, num gesto largo e abrangente,
respondeu:
- A cor do vento!
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